Don Norman é Design Thinker, Cientista Cognitivo, e um dos maiores gurus do Design que se tem notícia. Também é professor emérito de ciência cognitiva na Universidade da Califórnia em San Diego, professor de ciência da computação na Universidade Northwestern, leciona na Universidade de Stanford e é co-fundador do Nielsen Norman Group.
Em seu livro O Design do Dia-a-Dia, Don Norman nos presenteou com seis princípios de design que ajudam a entender por que alguns produtos satisfazem os consumidores, enquanto outros os deixam completamente frustrados.
Leia os princípios descritos por Don Norman, e inspire-se para os seus projetos.
#1 Visibilidade
As funções mais visíveis são aquelas em que o usuário provavelmente será capaz de saber o que fazer em seguida. Do contrário, quando as funções estão fora de vista, tornam-se mais difíceis de encontrar, e consequentemente de saber como usá-las.
#2 Feedback
O Feedback é o retorno de informação que mostra o efeito de uma ação realizada, permitindo que a pessoa continue com a tarefa. Vários tipos de Feedback estão disponíveis no design de interação: áudio, tátil, visual, ou a combinações destes. Sem um Feedback sobre a ação, os usuários podem desligar equipamentos em momentos indevidos ou repetir comandos, executando a mesma tarefa mais de uma vez.
#3 Restrições
A maneira mais segura de tornar alguma coisa fácil de usar, com poucos erros, é tornar impossível de fazê-la de outro modo, restringindo a quantidade de escolhas. Quer impedir alguém de inserir uma pilha ou um cartão de memória em sua câmera na posição errada, com a possibilidade de danificar o equipamento? Projete-os de tal modo que eles só se encaixem de uma forma, ou faça-o de um jeito que encaixe perfeitamente independente da forma que for inserido.
#4 Mapeamento
Mapeamento é um termo técnico que significa o relacionamento entre duas coisas, neste caso, entre os controles e seus movimentos, e os resultados dessa relação no mundo. Quase todos os produtos precisam de algum tipo de mapeamento entre os seus controles e as ações que eles executam, como por exemplo as setas para cima e para baixo usadas para representar o movimento ascendente e descendente do cursor, respectivamente, em um teclado de computador. Temos outro exemplo ao dirigir um carro, quando para virar a direita, giramos o volante no sentido dos ponteiros do relógio, de modo que a parte superior também se mova para a direita.
#5 Consistência
Isto se refere ao design de interfaces, onde precisamos ter operações similares com elementos similares para realizar tarefas semelhantes. Em particular, uma interface consistente é aquela que segue essa regra, como o uso da mesma operação para selecionar todos os objetos em qualquer circunstância, ou o uso de um botão sempre na mesma cor, formato e posição para submeter um formulário, seja ele de contato, cadastro ou pesquisa.
#6 Affordance
Affordance é um termo que não tem uma tradução literal para o português, mas refere-se ao atributo de um objeto que permite que as pessoas saibam como usá-lo, por tão óbvio que é, ou pelo seu visual sugerir que é fisicamente possível. Um exemplo disso é o botão de um mouse, que pela forma como ele é fisicamente restringido em seu escudo de plástico em relação a posição do dedo do usuário, sugere e dá indícios de que ele pode pressioná-lo. Affordance é quando um objeto é perceptivelmente óbvio e fácil para uma pessoa saber como interagir com ele.
Saiba mais sobre Don Norman
Além do citado O Design do Dia-a-Dia, Don Norman também escreveu outros dez livros, entre eles Design Emocional Por que Adoramos (ou Detestamos) os Objetos do Dia-a-dia e O Design do futuro.
Também foi Don Norman que cunhou o termo User Experience, quando trabalhava na Apple no início de 1990, e renomeou o seu cargo para “User Experience Architect Group”:
I invented the term because I thought Human Interface and usability was too narrow; I wanted to cover all aspects of a person’s experience with a system, including industrial design, graphics, the interface, the physical interaction, and the manual. Since then, the term has spread widely, so much so that it is starting to lose its meaning (Don Norman).
Saiba mais sobre Don Norman e sua obra em http://www.jnd.org/