Em um novo projeto, ideias são sempre bem-vindas. Quanto mais, melhor! Para ajudar a organizá-las, te apresentamos a Matriz Criativa.
Em um novo projeto, ideias são sempre bem-vindas. Quanto mais, melhor! Elas servem para trazer soluções, criar processos e resultados inovadores, mapear novas possibilidades e desafios… Mas sabemos que, assim como tudo na vida, precisa haver uma certa organização para que o resultado seja proveitoso e o processo mais assertivo.
Para isso, te apresentamos a Matriz Criativa, um processo estruturado criado exatamente para auxiliar na geração de ideias, organizando e estimulando o processo criativo. Com ela, é possível direcionar melhor e de forma mais objetiva como o famoso brainstorming (ou a chuva de ideias) acontece.
Esta ferramenta tem tudo a ver com o pensamento divergente e ela é extremamente personalizável. Você pode criar a sua com base nos seus critérios de design, no mercado em que atua ou nos clientes que atende.
O que fazer antes de trabalhar a Matriz Criativa?
A Matriz Criativa é uma ferramenta relativamente simples e você pode executá-la com papel ou uma lousa e post-its. Para começar, desenhe uma grade com colunas e linhas.
A sua matriz em branco será assim:
Agora, vamos entender cada passo! Primeiro, vamos trabalhar e preencher o lado esquerdo da matriz, onde estão as sequências de passos.
A primeira coisa que vocês vão fazer é olhar para a jornada da sua pessoa usuária. Ali estão todas as dores, insights, oportunidades… Pois bem, com base nessa jornada, vocês devem focar nos pontos que são mais relevantes na opinião de cada um.
E esse é o passo 1 ali da nossa matriz. Cada participante do time tem direito a 3 bolinhas roxas dessas que você vê acima. Elas são utilizadas para marcar as 3 melhores oportunidades, na opinião de cada pessoa do time. Como você pode ver, a seguir, em um projeto de um grupo de alunos da Mergo:
Os dois pontos mais votados devem ser levados para os quadradinhos verdes, que estão logo em seguida, no passo dois. Você vai colocar uma oportunidade na linha de cima e outra, na de baixo. Nos quadradinhos da frente, é preciso destrinchar os CNP — Como Nós Podemos (alcançar ou solucionar tal ponto) de cada uma.
Por exemplo, se uma dessas oportunidades mais votadas foi “Dar dicas de transição de carreira”, agora você vai se questionar: Como Nós Podemos dar dicas de transição de carreira. Pensem em 3 CNP para cada um dos pontos.
Vamos votar mais uma vez! Afinal, vamos trabalhar com apenas dois CNPs, como você pode ver no passo 3, em cinza. Então, entre os 6 CNPs levantados, votem nos 2 mais interessantes. Leve-os para os quadradinhos cinzas a seguir, para que todos estejam cientes dos CNPs que vão ser usados e trabalhados do lado direito da matriz.
Na imagem a seguir, você pode ver o exemplo do grupo de alunos da Mergo exibido acima, como os 3 passos completos:
Chegou a hora de montar a sua Matriz Criativa
Agora, vamos realmente montar a Matriz Criativa.
Como você pode ver ali em cima, ela é composta por duas colunas e cinco linhas. Em cada coluna, você vai colocar um dos CNPs selecionados. Em cada linha você vai ter um acelerador, também chamado de facilitador. Ali na imagem, colocamos alguns muito comuns, mas você pode alterar de acordo com a sua necessidade e o propósito. Mas é interessante que sempre tenha essa parte das ideias malucas para que o time possa mesmo explorar ideias inovadoras.
E a ideia é que você pense em uma solução, em um jeito de alcançar cada um daqueles CNPs usando esse facilitador como referencial. Usando o mesmo exemplo dado ali em cima: como você pode dar dicas de transição de carreiras a partir de gamificação?
No exemplo dos nossos alunos, ficou assim:
É importante que as pessoas do time, agora, consigam analisar e correlacionar colunas e linhas e dêem ideias para essas intersecções. Chegou a hora da chuva de ideias! E para te ajudar a estruturar o brainstorming (que pode ser um momento caótico e confuso), essa ferramenta é ideal!
E ainda temos algumas dicas a mais para você organizar o brainstorming com o seu time:
Uma pergunta por vez
Todas as pessoas precisam conseguir falar e expressar suas ideias. E nesse processo o ouvir é muito importante! Por isso, não deve haver conversas paralelas e tumultuadas, o que pode causar cruzamento de informações.
Quantidade importa
Como dissemos lá no primeiro parágrafo: quanto mais ideias melhor! Este é o momento de fazer aquela chuva de ideias, sem filtro, sem pensar muito… Para que, em um momento posterior, o time possa analisar o que faz sentido, o que vale a pena se debruçar. Mas neste primeiro momento, o que importa é a quantidade de ideias que a equipe consegue trazer durante o processo.
Construa sobre as ideias das outras pessoas
Por mais que você goste da sua ideia, lembre-se: ela é só mais uma. Então, escute a ideia do outro, leve em consideração, se debruce sobre ela… Não se prenda às suas sugestões, não tente passá-las como a melhor ideia ou a mais viável. Isso tem muito mais a ver com ego do que com a melhor solução para o projeto.
Encoraje ideias malucas
Pode parecer estranho, mas ideias malucas são sempre muito bem-vindas! Geralmente, é delas que partem as ideias mais inovadoras, que trazem soluções fora do senso comum… E um dos objetivos da Matriz Criativa e do brainstorming é justamente buscar como fazer diferente, como inovar. Então, incentive que sua equipe traga, inclusive, as ideias mais malucas. O filtro do que é viável, do que faz sentido, vai ser aplicado depois.
Seja visual
Existem pessoas com perfis cognitivos diferentes: visuais, auditivas, cinestésicas… Por isso, atacar frentes diversas de apresentar essa ideia é importante. Há quem entenda melhor na base explicação, outros precisam visualizar a ideia, outros precisam montar essa ideia para entender… E quanto mais fácil as pessoas entenderem o processo e as ideias, melhor para o andamento da atividade.
Mantenha o foco
É preciso deixar o time focado para que o pensar de cada pessoa esteja completamente ligado ao tema da Matriz Criativa. Ou seja, não dá pra abordar, no meio da atividade, assuntos distintos, como futebol, outros projetos, filmes e desviar a atenção. É preciso estimular o que chamamos de atenção plena para o bom andamento da atividade.
Não faça críticas nem julgamentos
O processo de exposição de ideias precisa ser bem horizontal, ou seja: que todos estejam confortáveis em expor, em trazer sugestões. E para isso, é importante que não haja críticas, constrangimentos… De novo: o filtro do que é viável vai acontecer depois e nesse momento a análise crítica será bem-vinda.
Matriz Criativa pronta! O que fazer depois?
É hora de voltar para a jornada para desenhar como ela funcionaria com as ideias implementadas. Após esse período, é o momento de fazer mais uma rodada de refinamento das ideias pensando em produto.
E aí, curtiu a ideia da Matriz Criativa?
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