No começo desse ano tive a oportunidade de estar em Las Vegas para participar do Consumer Electronics Show (CES 2013), evento de tecnologia e que reúne as melhores empresas do mundo. Foi o primeiro evento desse porte que participei e que estava fora do segmento diretamente ligado a UX, ou seja, era um showroom com todo o tipo de novidade. Venho nesse post falar um pouco da experiência de participar de eventos como esse.
Nós Uxers, participamos constantemente de eventos da nossa área, estamos sempre imersos em temas como UX, usabilidade ou design de interação. São diversos eventos todos os anos. Palestras e mais palestras, alguns laboratórios, exercícios práticos, e tudo o que o mercado pode nos oferecer. É bom? Sim, é sempre válido absorver grande quantidade de conhecimento, discutir, conhecer outras pessoas e estar sempre trocando informações. Mas não podemos esquecer que nós também somos usuários, e também consumimos produtos.
Nesse evento foi possível ver de tudo: projeções 3D de altíssima qualidade (muito superior ao melhor iMAX que você já viu), telas touchscreen transparentes, e até mesmo carros com sensores inteligentes capazes de detectar pedestres e evitar acidentes.
É impossível descrever em um único post a quantidade de novidades trazidas nesse evento, e nem é esse o meu objetivo. Caso tenha curiosidade (e espero que tenha), pesquise na internet sobre os lançamentos da CES 2013. O meu objetivo é citar o que mais me chamou a atenção nesse evento: a Internet das coisas e a troca de experiência entre produtos.
Novidades tecnológicas da CES 2013
A maioria dos produtos apresentados estavam de uma forma ou de outra conectados a internet, quer seja para compartilhamento de informações, atualizações automáticas, sincronização de dados, ou para que pudéssemos interagir com outros usuários do mesmo produto. Dessa forma, cada um desses produtos precisam de uma interface digital idealizada por UX Designers. Não há limites para o que pode ser feito, e neste campo há um vasto mercado para ser explorado.
Muitos profissionais da nossa área se apresentam dizendo que são especializados em Mobile, Desktop ou algum outro segmento específico. É claro que todos nós possuímos um ponto forte, como os meus são as APPs corporativas e soluções enterprise. No entanto, quando alguém me pergunta para qual tipo de device eu estou capacitado à fazer um protótipo, a minha resposta é sempre a mesma: “desenvolvo para qualquer device, posso fazer protótipos para o que existe e para o que não existe ainda”.
As tecnologias se misturam, e a experiência mobile está hoje presente nos sistemas operacionais e na web. Na CES 2013 eu pude ver a tecnologia de games produzindo recursos visuais para painéis de carros, ou o estilo criado para as SmartTVs sendo aplicados em geladeiras e máquinas de lavar. Porém todos, sem exceção, conectados na internet. Por isso mesmo acredito que não devemos nos limitar a uma única tecnologia. O Google Glass e outros produtos estão surgindo, novas formas de conexão com outros usuários e de comunicação com as interfaces (gestos 3D, comandos de voz, sensores de presença ou peso, entre outros).
O que quero dizer aqui é que todos nós, quanto profissionais, devemos buscar sair do casual e do tradicional. Podemos continuar assistindo os cursos e palestras da área em que trabalhamos, mas devemos nos aventurar por outros universos, mesmo que seja como meros usuários explorando o que mercado tem a oferecer. Faça como Donald Norman, e questione a usabilidade dos produtos, tome nota das boas experiências que tiver, e procure entender o que tornou essa experiência positiva.
A próxima edição do CES acontecerá nos dias 07 a 10 de janeiro de 2014, sempre em Las Vegas: www.cesweb.org #ficadica