Depois de comentar aqui sobre a apresentação do Fred Van Amstel no iMasters InterCon 2011, chegou a vez de falar um pouco sobre a palestra “Planejamento de um wireframe orientado para aplicativos” do meu grande amigo Bernard de Luna, especialista em Design Funcional e Front-end, e também em sexy web projects (ui!).
Com o seu “carioquês” descontraido, Bernard fez a palestra mais divertida do InterCon, e provou com muita propriedade que o design não é “mera maquiagem”, como afirmou outro palestrante. A apresentação mostrou que apesar da necessidade estética, o design acima de tudo deve solucionar problemas e facilitar o desempenho de tarefas úteis aos usuários, deixando claro para a platéia que o design não é uma ilustração, mas sim um projeto.
Bernard também falou muito da importância da pesquisa e da documentação, dando dicas de como se portar com os clientes, elaborar briefing, definir escopo e fazer o levantamento de requisitos com seus devidos níveis de prioridades. Uma das frases exibidas em um dos slides da apresentação exemplifica bem essa importância – “O absurdo de planejar o tiro municiando a arma, sem antes identificar o alvo. Até porque o alvo é que determina a escolha da arma” (Horácio Soares Neto).
Ao salientar a importância da pesquisa do público-alvo, Bernard falou sobre a técnica de criação de personas, onde os dados coletados sobre os usuários de um aplicativo viram modelos personificados de usuários. Essas personas servirão para guiar e engajar a equipe sobre os interesses e necessidades dos usuários, agilizando e orientando assim a tomada de decisões.
Também nos lembrou da importância de criar protótipos em papel, por ser uma forma rápida e barata de conceber uma interface de uma maneira prática e não dispersiva, sendo muito útil para definir rótulos, navegação, localização e hierarquia das informações.
Bernard ainda falou sobre a importância em utilizar os princípios heurísticos para garantir uma boa usabilidade e nortear o desenvolvimento das interfaces, visando uma melhor experiência do usuário. Nesse ponto, podemos nos guiar pelas 10 heurísticas sugeridas por Nielsen, ou até mesmo criar as nossas próprias heurísticas caso seja necessário.
Para finalizar, vimos como podemos usar conceitos de design emocional para criar interfaces mais sexys, projetando produtos que reflitam boas emoções para os usuários, mediante aos sentimentos produzidos em suas experiências de utilização.
Veja abaixo o vídeo e os slides da palestra.
http://embed.videolog.tv/v/index.php?id_video=731464&width=640&height=422
Assim como nos mostrou o Bernard, é de extrema importância entendermos e verificarmos o fluxo da aplicação, para produzirmos interfaces consistentes, usáveis, e que proporcionem um nível de experiência satisfatório aos usuários. Então, tome nota:
- Validar cenários e personas;
- Destacar “user goals“;
- Identificar buracos;
- Mapear seu aplicativo;
- Documentar interações;
- Reconhecer o coração da sua aplicação;
No terceiro e último post desta série, veremos como foi a palestra no @lent no iMasters InterCon 2011. Aguardo você 😉