Aprenda a criar um guia de entrevistas em 5 passos

Com um guia de entrevistas, você garante que o processo acontece da maneira correta de ponta a ponta.

Um braço masculino fazendo anotações em papéis com dados de entrevistas do usuário. Ao lado está a um celular e a tela de um computador.
Photo by Firmbee.com on Unsplash

Quem já fez pesquisas diretamente com pessoas usuárias sabe o quanto um guia de entrevistas pode ser útil para a equipe. Afinal, uma entrevista mal conduzida, que não consegue extrair o máximo possível pode dificultar, e muito, que você enxergue o real problema de quem vai usar o seu produto ou entenda se o seu projeto realmente pode solucioná-lo.

Ter um documento de boas práticas no qual se guiar vai tornar este processo mais fácil e fluido. Sem falar na possibilidade de unificar essa experiência para todas as pessoas entrevistadas, independentemente de quem conduza a pesquisa.

Com um guia de entrevistas, você garante que o processo acontece da maneira correta de ponta a ponta, que quem entrevistou conseguiu extrair tudo que podia e o resultado vai caminhar de acordo com o esperado.

Se você já está convencido de que é importante ter um guia de entrevistas na sua equipe, mas não sabe por onde começar o seu, tudo bem… A gente te ajuda! Continue lendo este artigo e, ao final, você vai saber tudo que o seu guia precisa ter e como construí-lo!

Como criar um guia de entrevistas

Separamos todas as etapas que você deve seguir para, enfim, poder criar o seu guia de entrevistas. São passos simples, mas que, muitas vezes, passam despercebidos ou que os pesquisadores não dão a devida importância. Pontuando cada uma delas, vai ficar mais fácil estruturar o seu documento. Confira!

1. Estabeleça os objetivos: pesquisas são extremamente úteis desde que você saiba o que busca com elas. Com seus objetivos estabelecidos, pense em como alcançá-los, ou seja, pense tanto no que querer dizer quanto em como irá perguntar isso.

2. Identifique as pessoas participantes: eles podem ser tanto grupos-alvo de usuários, quanto especialistas e interessados do mercado, stakeholders… Quando falamos de pessoas usuárias, é importante levar em consideração o usuário primário e também os grupos secundários na comunidade estendida. Já no segundo grupo, é importante identificar os especialistas da área e como eles podem agregar ao projeto.

3. Estipule o número de pessoas entrevistadas: com usuários, selecione um grupo entre 3 e 8 voluntários. Quanto mais pesquisa e dados você já tiver no projeto, menor pode ser o seu grupo. E o contrário também é válido. Já com especialistas, é interessante conhecer, pelo menos, a percepção de um profissional.

4. Planeje suas perguntas gerais: esse é o momento de obter informações que agreguem na construção da persona e que ajudem a entender sua dor e como o seu projeto pode solucioná-la. Selecione algumas perguntas que te ajudem a entender o ambiente da persona e o que o permeia. Comece com elas para, em seguida, se tornar mais específico, de acordo com a sua pesquisa.

5. Não se esqueça das perguntas específicas: chegou o momento de aprofundar no seu objetivo. Para isso, pense em perguntas que te levem a descobrir:

  • motivações: o que motiva a sua persona? E aqui, mais do que palavras, gestos, tom de voz e o como o entrevistado responde podem dizer muito. Fique atento e leia-o o máximo que conseguir.
  • frustrações: o que frustra a sua persona? O que ela gostaria de fazer, de cumprir, mas não consegue? Qual necessidade não é atendida? A experiência do usuário é importante e é nosso papel olharmos para o todo. Então, mapeie tudo que possa ser melhorado e, hoje, não atende às expectativas — no on e offline.
  • interações: como acontecem as interações naturais da sua persona? Tanto no que diz respeito ao ambiente, quanto no que diz respeito ao seu produto/serviço?

Pronto! O seu guia de entrevistas está na mão! Com ele bem estruturado, compartilhe com sua equipe para que eles possam se balizar futuramente, garantindo um resultado uniforme no que diz respeito à qualidade e profundidade das informações.

Peça feedbacks e veja se o que foi construído faz sentido para todo o time. Eles podem ter dúvidas ou contribuições valiosas para o documento.


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