Uma URL acessada pelo seu usuário e que na verdade não existe não deve – nem pode – ser o final da experiência dele com seu site.
Apesar de ser uma página normalmente odiada pelos usuários (ele teve a experiência bloqueada por uma página), uma página 404 bem pensada pode trazer benefícios para o site e para seus usuários.
O erro 404 acontece quando a URL acessada pelo seu usuário não existe – por erro de digitação, pela página estar indexada mesmo sem existir mais, ou por qualquer outro motivo. Nesse momento, o melhor é pensar no seu negócio e não deixar os usuários sem saída, como diz a segunda e a terceira Heurísticas de Nilsen:
Falar a linguagem do usuário: a terminologia deve ser baseada na linguagem do usuário e não orientada ao sistema. As informações devem ser organizadas conforme o modelo mental do usuário.
Ou seja, nada de deixar páginas de sistema para seu usuário. Linguagem de sistema não é facilmente compreendida pelo usuário, podendo deixa-lo sem direção e quebrando o fluxo de navegação.
Saídas claramente demarcadas: o usuário controla o sistema, ele pode, a qualquer momento, abortar uma tarefa, ou desfazer uma operação e retornar ao estado anterior.
O primeiro passo é conversar com os desenvolvedores do projeto, deixando claro que qualquer URL acessada sem uma página correspondente deve ser direcionada para uma página de erro 404. O segundo passo é aproveitar essa página da maneira apropriada.
A página 404 das Lojas Americanas, por exemplo, mantém o cabeçalho permitindo acesso ao menu e ao campo de busca, além de exibir produtos que estão sendo visualizados por outros clientes.
Outro exemplo é essa campanha de 2011, que traz um simples gesto para ajudar o próximo. A doação consiste em, no lugar de ter sua página 404, você baixa o HTML da página 404 da AACD, e toda vez que uma URL do seu site não for encontrada, uma página sugerindo uma doação será exibida.
Quando o tema do seu site permite, é possível aproveitar muito bem os recursos gráficos e o lado lúdico para criar empatia com seus usuários, como é o caso da Lego e da DC Comics.
O site da DC Comics em especial tem um recurso interessante e prático: ele identifica o que está digitado depois da barra na URL e joga direto do campo de busca da página 404 para o usuário fazer a pesquisa apenas com um clique.
Já o Balsamiq, sendo uma ferramenta para criação de mockups, deu uma solução legal: além de permitir a busca, dá a opção para pessoas “mais visuais” navegarem pelo mapa do site para encontrar o que procuram.
Boas práticas para uma página 404
Na hora de criar a sua página 404, fique atento a algumas dicas importantes:
- Faça com que o seu sistema informe automaticamente qual URL acessada redirecionou para a página 404, podendo assim reparar caso seja um erro;
- Informar o porquê aquele erro provavelmente ocorreu, pois nem todos os usuários estão familiarizados com a linguagem;
- Permitir que o usuário diga de onde estava vindo e o que pretendia ver;
- Mostrar links relacionados e a opção para voltar à página anterior ou inicial.
E ai, como está a página 404 do seu site?
Ótimo artigo Bianca, uma página de erro mal pensada pode fazer com que o usuário fuja do seu site muito rápido, evitando a conversão.
Achei interessante os exemplos mencionados. muito bom.
Gostei da página da AACD, uma iniciativa criativa. ^^
Muito bom!! o/
Muito bom o artigo, a parte de user experience na página de erro 404 é fundamental, porém é uma boa sugestão não sobrecarregar a pagina de funções. Em algumas analises percebi que ao colocar mais de três recursos simultâneos na página percebi um considerável aumento na taxa de usuários que deixaram o site.
Realmente, muito interessante. Tirar proveito da página 404 é uma ótima forma de unir o útil ao agradável. Além disso, mesmo tirando proveito, de certa forma, consequentemente melhoramos a experiência do usuário. Parabéns Bianca!
Muito legal o artigo Bianca. Estou planejando as interações de alguns sistemas e consegui absorver algumas boas ideias para as página de erro. Valeu!!!